sexta-feira, 9 de março de 2012

Administração por Resultados


Todo e qualquer esforço no sentido de coordenar esforços de muitos em prol de um objetivo comum a todos (administrar) seja na esfera pública ou privada é fundamental a observância das funções administrativas: Planejamento, organização, direção e controle que juntas formam o processo administrativo, alertando que a utilização de apenas parte dessas funções certamente levará a resultados não esperados, desagradáveis e possivelmente de graves conseqüências.

Todavia, são cada vez mais freqüentes os casos de empresas prestes ao fechamento, mergulhada em situação caótica em todos os aspectos possíveis e existentes em sua estrutura organizacional, procurarem assessoramento especializado fundamentados cientificamente (Consultorias) para tentar resolver os problemas.

No caso em tela é totalmente recomendado a Administração por Resultados ou APO como os administradores denominam. Mas essa técnica precisa seguir algumas rotinas (Chiavenato, Teoria Geral da Administração, p. 229) para ter sucesso como:

• Estabelecimento conjunto de objetivos entre o gerente e o seu superior.
• Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou posição.
• Interligação entre os vários objetivos departamentais.
• Ênfase na mensuração e no controle de resultados.
• Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos.
• Participação atuante de todos os envolvidos.
• Apoio especializado intensivo.

Quando leigos tentam programar um plano de reestruturação em qualquer organização sempre acabam cometendo erros grosseiros que o desqualificam para tal função. Fazendo uma analogia com a medicina é como um médico receitar dieta rica em açucares a um diabético.

Considerando que na administração pública o resultado positivo consiste no nível de satisfação do usuário ao receber o serviço, esse deve ser o alicerce para todo o planejamento tático e operacional, nunca priorizar os números e fatores financeiros em detrimento da qualidade seja de atendimento ou de materiais.

Como programar metas? Que parâmetros? Está abaixo ou acima em relação a que nível? E nas avaliações para manutenção e controle de resultados, fixamos objetivos? Não? Então não sabemos se fomos bem ou mal, atingimos qual objetivo? Que objetivo? Fazer caixa? Essa não é premissa do serviço público.

Se não tiver estratégia (objetivo global da instituição, de longo prazo) com táticas (planejamento para cada departamento e médio e curto prazo) não iremos chegar a lugar nenhum principalmente com consultoria incompleta (quase que digo fajuta), fica parecendo até que o mau administrador ou leigo esteja na verdade atendendo interesses particulares.

Humble na sua obra “Improving Business Results” em 1969, relacionou 10 pecados capitais da Administração por Resultados. Os administradores conhecem a matéria consta na grade curricular do curso, entretanto, não tenho
conhecimento se outros cursos também apresentem em sua grade curricular. Vejamos:

1. Não obter a participação da alta direção e nem de todas as pessoas.
2. Dizer a todos que a APO é uma técni
ca que resolve todos os problemas.
3. Adotar a
APO dentro de um programa acelerado.
4. Fixar somente obj
etivos financeiros e quantificáveis.
5. Simplificar ao extremo todos os procedimentos.
6. Aplicar a APO apenas em áreas isoladas - e não globalmente.
7. Delegar todo o
projeto da APO ao pessoal de nível inferior.
8. Concentrar em
indivíduos e ignorar os problemas de grupo.
9. Inaugurar o sistema e depois deixá-lo andar sozinho, sem
incentivá-lo, avaliá-lo ou acompanhá-lo.
10. Ignorar os objetivos pe
ssoais dos gerentes, concentrando-se apenas nos objetivos da companhia.

Essas são as receitas para se levar a APO para o desacerto e o fracasso. Nesse artigo concebido sem pretensão, por um mero acadêmico, exercitando-se debruçado em literatura especializada, qualquer semelhança com fatos reais e principalmente próximos ao meio no qual me relaciono pode ser considerado como nada mais ou nada menos do que simplesmente coincidência.

Adm. Panagiote Sotirakis
CRA PA/AP 11437



Nenhum comentário:

Postar um comentário